Conforme já foi divulgado pelo
SITRAEMG (leia aqui), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou
com Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o corte
feito pelo Executivo no orçamento do Ministério Público da União (MPU), contido
na proposta de Lei Orçamentária Anual de 2013, enviado no dia 31 de agosto ao
Congresso Nacional.
Seguindo o mesmo caminho, a
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais do
Brasil (Ajufe) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Anamatra), em conjunto, também entraram com Mandado de Segurança, no STF, para
garantir o aumento dos subsídios dos magistrados e a revisão salarial dos
servidores do Judiciário Federal, sob o fundamento de que o valor previsto para
2013 é menor que a despesa com pessoal prevista na lei orçamentária de 2011,
desconsiderando a inflação dos últimos anos.
Conforme informações da Agência
Brasil, as entidades alegam que a legislação determina que os subsídios
recebidos pelos magistrados sejam revistos anualmente, destacando, ainda, que
algumas carreiras do Executivo -como servidores do Banco Central, do Itamaraty,
da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência -receberam reajuste
acima da inflação nos últimos anos.
"O Poder Executivo está
privilegiando os seus servidores em detrimento dos magistrados e dos servidores
do Poder Judiciário, mas o que é grave é que, assim, está fazendo de forma
ilegal e inconstitucional", ressalta trecho do processo, que está sob
relatoria da ministra Rosa Weber.
Assim como o MS do
procurador-geral da República, o das entidades representativas dos magistrados
pede que a tramitação do projeto da lei orçamentária seja interrompida enquanto
a ação não for julgada. Alternativamente, pede que o STF determine ao Executivo
a inclusão da proposta integral, conforme encaminhada pelo próprio STF.
Sobre os cortes atuais na
proposta de orçamento, a assessoria do STF informou à Agência Brasil que o
presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, não vai se posicionar sobre
o assunto já que o Tribunal foi acionado para analisar a questão. Já o Palácio
do Planalto disse que o assunto deve ser tratado apenas com a Advocacia-Geral
da União (AGU). A assessoria da AGU, por sua vez, encaminhou e-mail destacando
que o órgão ainda não foi informado sobre os mandados de segurança.
Fonte: Sindicato dos
Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia
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